
Disse-vos na publicação anterior que eventualmente vos falaria do meu desafio de 2020, no Goodreads, em que iria ler 30 livros no ano em que completo 30 anos. Pois bem, esse objectivo foi conseguido e superado a 15 de Abril, 3 dias após completar os 30. Posso dizer que o isolamento social e o novo Kindle deram o empurrão para lá chegar tão depressa mas a verdade é que desde o início do ano que estava motivada e bem lançada, já que em Janeiro li 8 livros e em Fevereiro foram quase mais 8.
Enquanto que muita gente tem um ou dois géneros para ler e escolher os seus livros, já eu disperso-me por toda a parte. Claro que tenho um lugar especial no meu coração por ficção gótica, dos finais do século XIX, não fosse O Fantasma da Ópera o meu livro predilecto. Porém vou do YA (young adult) à não-ficção biográfica, passando pela ficção de mistério e paranormal, dando um saltinho aos romances com toques picantes (eróticos; vamos lá chamar as coisas pelos nomes), isto tudo saltando de livro em livro e por vezes lendo 2 e 3 obras ao mesmo tempo, sem nunca me baralhar.
Este ano já dei classificações de 2 estrelas (para dar 1 eu tenho de estar pronta para me atirar da varanda) e de 5 estrelas a livros. O pior para mim foi o We Have Always Lived in The Castle da Shirley Jackson, seguido muito de perto pelo After da Anna Todd. Se um não me pareceu cumprir a premissa de história de terror, já o outro foi uma longa e muito árdua tarefa de não desatar à chapada virtual a personagens tão tóxicas e que me deixam arrepiada por saber que há legiões de adolescentes a ver um ideal amoroso naquele livro (gente, eu preferia uma relação ao modo 50 Sombras de Grey, e isso é dizer tudo).
Já no campo dos livros muito bons e os quais qualifiquei com boa pontuação, aponto sem dúvida alguma o A Man Called Ove (Um Homem Chamado Ove) de Fredrik Backman, o Twas The Nightshift Before Christmas do Adam Kay e claro o Little Women da Louisa May Alcott que é um dos favoritos, do qual faço colecção de edições em várias línguas, mas que não é leitura nova. Claro que há mais, como algumas novidades de 2020, como o Woven in Moonlight da Isabel Ibañez ou o In Five Years da Rebecca Serle, mas na verdade ando a ler um bocado de tudo, porque sinto sempre que leio conforme as minhas variações de humor, a altura do mês em que estou e a predisposição que tenho a um certo tema ou até ao tamanho de um livro.
O Kindle também ajuda. Se por um lado adoro e sonho em ter uma casa recheada de livros físicos, com aquele cheiro a tinta impressa em papel, com capas duras e de preferência forradas a tecido (fascínio meu) por outro lado o Kindle poupa-me espaço que não tenho e dinheiro, porque sejamos sinceros, ler e ler muito é um hobby caro e entre e-books grátis, outros a preços baixos e, tapem os olhos, algumas pirataria, lá vai dando para ler a quantidade de livros que tenho lido este ano. Se assim não fosse ia ser bem mais complicado. Já agora, depois de ter um Kindle desde o Natal de 2014, decidi oferecer-me uma versão mais recente, com luz e branquinho como prenda de aniversário, isso e aproveitando uma bela promoção da Amazon Espanha.
Caso também estejam pelo Goodreads podemos seguir-nos mutuamente, ou podem ir só deitar um olho e coscuvilhar o que por lá ando a fazer.
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