O princípio de um novo ano é, por norma, uma folha em branco para começarmos do zero ou pelo menos o ímpeto necessário para pormos em prática ideias, mudanças e todo um sem fim de coisas que estimamos fazer. Claro que nem tudo corre pelo melhor, o tempo passa, a vida mete-se no caminho e acabamos por falhar alguns objectivos estipulados.
Mesmo assim acredito que devemos, acima de tudo, estar bem connosco mesmos e aceitarmos as coisas como elas são e como elas correm. Na verdade as mudanças devem ser graduais, realistas e devem levar a um estilo de vida, não a um acto temporário que poderá do nada ser reposto com os hábitos antigos. São as pequenas mudanças aqui e acolá que fazem com que as coisas aconteçam e para estarmos bem temos de nos sentir bem. Foi com essa ideia e depois de ler a Continente Magazine deste mês - e não, isto não é publicidade paga, eu é que gosto mesmo da revista e ela é barata - que tive a ideia de vos trazer esta publicação.
Assim sendo, vou pagar em livros que li durante 2017, coisas que fui implementando e deixar-vos aqui com ideias de coisas que podem fazer, quer a tempo inteiro, quer de vez em quando, quer na medida do possível ou como acto de resolução e ilustrar com algumas vivências pessoais e experiências que tirei de colocar algumas destas coisas em prática.
Se durante boa parte do ano queria ler - e na verdade ainda quero - o aclamado "The Life-Changing Magic of Tidying Up" ou "Arrume a Sua Casa, Arrume a Sua Vida" em português, da Marie Kondo, na verdade acabei por me debruçar primeiro num livro inspirado neste, o "The Life-Changing Magic of Not Giving a F**k", este sem tradução portuguesa e escrito pela Sarah Knight.
Na verdade os livros seguem princípios muito idênticos, um a nível mais físico, outro a nível mais emocional, mas ambos com reflexão físicas e emocionais no seu final. Basicamente são livros de passo-a-passo - não os vou chamar de auto-ajuda, hell no - nos quais somos levadas a reflectir sobre a necessidade de eliminar da nossa vida todo um sem fim de coisas desnecessárias às quais nos apegamos por motivos emocionais, financeiros ou por norma da sociedade que mereciam um chuto no rabo há já muito tempo.
Se a Marie Kondo, que ainda vou ler, nos ajuda a limpar uma casa das coisas desnecessárias dando-nos mais espaço e tempo ao manter tudo organizado e sem atranquilhos dos quais não precisamos, já a Sarah Knight ajuda-nos a perceber que há coisas que fazemos na nossa vida que apenas nos fazem encher a nossa cabeça de coisas negativas, trazendo atitudes e pessoas tóxicas e que aprender a não dar importância - ou não dar um fuck - a essas coisas leva-nos a sermos melhores, a termos mais disponibilidade para quem e para o que importa.
Façam de 2018 o ano da arrumação a nível físico e mental e vão ver que se vão sentir bem mais leves, mais focados no que importa e mais cientes daquilo em que devem gastar a vossa atenção, tempo e até dinheiro.
Outras das metas normais para cada novo ano é as dietas, perdas de peso e um sem fim de coisas que ,achamos nós, nos vão privar de toda uma série de indulgências e maravilhas. Nada disso! As dietas e todas essas coisas são mudanças e um estilo de vida que devemos adoptar, não uma maluquice que se faz durante 6 meses para depois de voltar a cair na mesma asneira. A regra está simplesmente na moderação e no equilíbrio. Malta, é mesmo tão simples quanto isso.
Esqueçam lá fazer dieta 6 dias por semana, ingerindo calorias abaixo de 1500Kcal para depois terem um cheat-day onde vão enfardar que nem porcos e consumir as 5000Kcal que não comeram em 6 dias. Alto e para o baile, que isto não funciona nem aqui nem na China.
Entram de mãos dadas a moderação e equilíbrio. A dieta não vai por água abaixo porque olharam para uma montra e viram um bolo jeitoso a catrapiscar-vos o olho e entraram para o comer. Ficarem "ougados" é bem pior do que comerem, isto porque o corpo vai ficar em modo ressacado, quase como um drogado a precisar de droga. Mais vale darem aquela pequena coisa ao corpo e depois terem atenção ao que comem no resto do dia, do que se privarem de uma pequena gulodice e depois quando apanham qualquer outro doce à frente, comem que nem um loucos e mesmo assim não se sentem satisfeitos porque aquilo não vai compensar o desejo que ficou. Eu sei que isto parece tolo e extremista mas é verdade.
Para além disso a comida saudável, comida com moderação e com ingredientes menos calóricos ou aparentemente menos maus, não tem de ser comida sensaborona, aborrecida ou nojentinha. Há livros e mais livros de receias boas para o corpo e que são a delícia das delícias. Claro que uma vez por outra uma pessoa vai abusar nos fritos, ou nos doces, ou naquilo que o nosso corpo mais deseja - no meu caso são salgadinhos, e lanches e coisas assim que tal... - mas o resto do tempo podemos ter opções conscientes e não comermos uma tabelete inteira de chocolate por dia, ou 2L de refrigerante - yucc...
Comam sem medo mas implementem o uso de truques e dicas que podem substituir os açúcares maus, os óleos desnecessários e os excessos de isto e daquilo. O que não faltam por aí são blogs, livros e tanto mais, até com coisas doces e boas, ou salgadas e deliciosas mas sem grande culpa. Equilíbrio! A Ella Mills, do Deliciously Ella, tem receitas maravilhosas e eu já ando com alguns livros debaixo de olho à séculos.
Finalmente os dias bem-estar e aqui leva-me também ao Hygge e ao facto de a felicidade advir de um lugar de bem estar que podemos criar. Se o Hygge é mesmo um estilo de vida dinamarquês que muits de nós talvez já tínhamos sem nos apercebermos, a verdade é que também virou uma moda e nem todas as modas têm de ser más, mas a verdade é que não entendo o existir de um já sem fim de livros sobre o tema se tudo anda à volta do mesmo. Se comecei com o "The Little Book of Hygge" ou "O Livro do Hygge" por cá, do dinamarquês Meik Wiking a verdade é que quero ler mais um ou dois livros para perceber se há assim tantas diferenças entre cada "conto".
Para mim o Hygge não é só felicidade, meias fofas, bebidas quentes e sítios acolhedores, o Hygge é uma tradição ou estilo de vida na Dinamarca mas acaba por nos levar a tantas outras ideias. Tudo o que nos faça sentir bem e felizes, sozinhos ou com amigos em redor, deveria ser o moto da nossa vida e fazer com que quase tudo girasse em torno daquilo que nos deixa felizes.
Com isto estou a pensar na maneira como nos tratamos, quer seja num dia de spa em casa, quer seja nas idas ao ginásio que nos ajudam a longo prazo, quer seja com aqueles pequenos luxos que compramos aqui e acolá como forma compensatória de um trabalho bem feito. Penso também no bem que fazemos ao nosso corpo pelo que comemos, na maneira como tratamos as outras pessoas, sendo bons e esperando a bondade de troca mas sem nunca esperar nada.
O meu conceito de Hygge tornou-se um bocadinho lato e acho que o prefiro chamar de Estar Bem para Bem Estar, porque a felicidade gera felicidade, em nós, nos outros que nos rodeiam, nas acções que tomamos, nas coisas que dizemos. Não quero com isto dizer que andemos sempre contentes e felizes, mas quando estamos mais em baixo, tentar encontrar um tempo, espaço e algo que nos relembre as razões necessárias para sermos pessoas felizes, é algo que eu acho extremamente necessário.
Para mim, a felicidade que encontrei nos últimos dois anos, veio de eu me livrar de pessoas tóxicas, de me focar nas minhas necessidades, de acabar com coisas que me faziam mal física e mentalmente e de entender que a felicidade não é um sorriso constante no rosto mas sim um modo de viver a vida vendo nas pequenas coisas os motivos certos para me sentir agradecida, feliz e motivada para fazer cada dia mais e melhor.
Espero que tenhas um excelente ano de 2018
ResponderEliminarAndo realmente com imensa vontade de implantar a mudança e a arrumação na minha vida, veremos se será desta!
ResponderEliminarTHE PINK ELEPHANT SHOE // Instagram
Como eu acho que as mudanças são necessárias e as que falas, são as mudanças realmente necessárias e saudáveis e acima de tudo, para o nosso bem-estar (o de nos livrarmos das pessoas tóxicas).
ResponderEliminarShe Walks Blog